quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

# Gotta Be You 1 # cap. 027

Eu acordei caída no chão. Minhas costas doíam e eu não conseguia abrir os olhos direito. Meus cabelos estavam caídos em meu rosto e minhas mãos estavam doloridas. Eu finalmente abri os olhos depois de muito esforço e então pude ver que estava em algum lugar abandonado. Haviam algumas janelas, porém todas fechadas com madeira. Os raios de sol passavam com dificuldade por ali, mas entravam na sala e revelavam o quão suja ela estava. Eu me levantei com dificuldade e pude ver os meus pés roxos de frio. Eu ainda estava com a mesma roupa de ontem. Apesar o do mínimo de sol que tinha ali, eu ainda estava morrendo de frio. Meu rosto estava gelado e eu não sentia mais o meu nariz. Conforme eu respirava, eu podia ver aquela famosa fumacinha branca de frio sair da minha boca e do meu nariz. Eu resolvi andar pra ver se tinha alguém na casa. A cada passo que eu dava, mais e mais poeira levantava. Aquele lugar não devia ter sido limpo há muito tempo. Eu pude perceber que era uma casa comum. Eu vi um sofá velho e rasgado na sala, uma mesa de centro completamente destruída. Dava para perceber que ela era feita de madeira, principalmente porque as pernas estavam todas arranhadas. Deveria ter tido um gato naquela casa a muito tempo. Eu continuei andando vagarosamente e silenciosamente pela casa. Meu coração batia forte e meus pulmões não funcionavam direito. Eu estava quase tremendo de medo. Eu nunca fui sequestrada antes, isso me dava agonia. Eu continuei andando e ouvi um barulho. Era aquele barulho de quando alguém tira luvas cirúrgicas e faz um estalo alto. Eu encostei ao lado da porta de madeira, completamente destruída e que soltava alguns micro pedaços que poderiam muito bem entrar na minha mão, causando uma dor agoniante. Eu coloquei vagarosamente a minha cabeça na frente da porta e pude ver o homem que havia me sequestrado. Ele estava de costas fazendo alguma coisa na pia do que deveria ser a cozinha. Ele mexia com muitas coisas. Ele tinha ombros largos e eu poderia até mesmo dizer sexy se ele não tivesse me sequestrado, sua cabeça estava baixa, mas eu podia ver a pele branca dele pelas mãos e pescoço. Ele usava um gorro que não me permitia ver a cor do cabelo dele. O mesmo gorro daquela noite. Eu resolvi confiar na leveza dos pés de uma garota que fez balé e que ele iria ficar de costas todo o tempo. Eu andei vagarosamente e atravessei a porta que era sem dúvidas, bem larga. Eu continuei andando pelo corredor e me afastando daquela porta de madeira e daqueles sons estranhos. Eu andava silenciosamente até que encontrei uma outra porta. Essa também era velha e surrada. Estava aberta e eu pude ver o que tinha sobrado do quarto de solteiro. Havia apenas uma cama de ferro enferrujado, um colchão muito velho, um lençol que estava sobre ele completamente sujo, um travesseiro que estava caído do lado da cama, e apenas um pequeno criado-mudo do lado da mesma. Eu senti um pouco de curiosidade e então entrei no quarto. Eu esperava encontrar algum armário embutido, mas não havia nada. A pintura das paredes estava muito velha e suja, mas ainda sim dava para ver em alguns pontos no alto que eram paredes azul claras. A lâmpada estava apagada e havia um interruptor do lado da cama e outro ao lado da porta. Eu não acendi nenhum dos dois com medo de chamar atenção do sequestrador. Saí daquele quarto e continuei andando pela casa vagarosamente. Eu vi mais dois quartos exatamente iguais. Eu cheguei a me assustar um pouco de tão iguais que eram. No final do corredor, havia apenas uma pequena porta de madeira como todas as outras, abertas. Era um banheiro. Ele estava cheio de moscas e o local fedia e ele tinha vários boxes brancos. Eu saí de lá com um pouco de agonia e vontade de espirrar. Eu apertei meu nariz e evitei o espirro. Eu achei que o corredor tinha acabado, mas me virei para a direita e vi uma escada de concreto. Aquela escada era nova, dava para saber porque ela não estava toda suja e nem com aparência de velha como todo o resto da casa. Eu subi vagarosamente a enorme escada caracol (pra quem não sabe são aquelas escadas que vão rodando, aqui um exemplo). Quando cheguei no topo, me deparei com a parte superior da casa. Já era de se esperar, ela era completamente velha como todo o resto da casa. Eu olhei tudo em volta e algo me chamou atenção. Era uma porta de elevador. Eu achei estranho e fui pisando mais leve ainda, para que no andar debaixo, o sequestrador não ouvisse meus passos. Todas as portas estavam abertas, e todos os quartos eram iguais. O que era estranho é que a fechadura de todas as portas era enorme, e coberta por uma caixa de plástico extremamente nova que não dava para vê-la. Eu continuei andando a fui até o final do corredor. Eu cheguei naquela porta de elevador e achei muito estranho. O painel que foi feito para chamá-lo estava coberto de poeira. Eu passei a minha mão revelando o que estava nele. Havia apenas um botão, e nele tinha uma sigla: PH. Eu já tinha visto essa sigla. Na verdade este símbolo. Eram duas pequenas grafadas com força no painel. Os traços eram grossos e a letra C ficava dentro da letra P. Aquilo não era uma casa. Era um hospital psiquiátrico. Por isso os quartos eram todos iguais, por isso o banheiro tinha vários boxes e por isso todas as fechaduras das portas eram enormes. Deveria ser para digitar alguma senha, ou para ler a palma de uma mão. Eu me assustei um pouco, mas logo tudo fez sentido. Eu olhei para o lado e vi mais uma escada. Ela era exatamente igual a outra. Eu subi mais um pouco e novamente aquele corredor cheio de quartos iguais e uma porta de elevador no final estavam lá. Eu pensei fundo em qual hospital psiquiátrico era aquele e depois lembrei de um que fora construído há muitos anos em uma parte esquecida da Inglaterra, e por falta de pacientes e por denúncias de higiene, o hospital faliu. (Ok, essa parte de HP histórico é minha ok? Não conheço nenhum de Londres) Depois de alguns anos, o hospital voltou a funcionar, mas sem permissão do governo. O hospital psiquiátrico particular, começou a ir bem, agora ele já não era mais um lugar sujo, a limpeza era constante. Haviam vários pacientes e muitos médicos que trabalhavam lá. Quando o governo soube, interviu na hora. Eles fecharam o hospital de 70 andares. Todos os médicos e pessoas que trabalhavam lá ficaram desempregadas, e tiveram que se virar para conseguirem se sustentar. Os donos do hospital foram presos e condenados a 46 anos de cadeia, não sei ao certo por quê, mas sei que achei a pena na medida certa. Todos os pacientes do hospital simplesmente voltaram para casa e todos aqueles que o governo não conseguiu contato com a familia, simplesmente foram jogados pela rua. Para que a cidade não ficasse inteira com loucos, muitos pacientes foram colocados em vários aviões com diferentes destinos da Inglaterra com auxílio de alguma pessoa que trabalhava no governo. Eles foram despejados em várias outras cidades e estado, e muitas familias não viram seus entes outra vez. Até mesmo crianças que estavam lá foram mandadas para outras partes da Inglaterra. O governo não perdoou ninguém. Se eu realmente estou nesse prédio, eu vou sofrer para chegar até o topo.
Eu subi vários lances de escada e me matei muito para chegar no que eu acredito que tenha sido no 12 andar. Eu parei um pouco e respirei. Eu precisava de ar nos meus pulmões. Todos aqueles lances de escada haviam me feito mal. Eu não conseguiria ficar ali por muito mais tempo. Eu olhei na direção do corredor e vi algo diferente. Uma porta. Mas não uma porta como todas as outras, era uma porta nova, ela brilhava e a luz do sol saía radiante de dentro dela. Eu fui até lá vagarosamente. Mesmo estando muitos andares acima, eu andava vagarosamente. O sequestrador poderia muito bem ter subido alguns andares. Eu entrei naquele quarto e me deparei com algo incrível. O quarto era novo. Tinha uma ótima cama de casal, um armário embutido muito lindo, dois criados-mudos, um em cada lado da cama com abajures em cima deles. A cama estava parcialmente bagunçada. Sem dúvidas o sequestrador dormiu ali. Logo atrás da cama havia uma janela. A única que não tinha madeira pregada nela. Eu a abri e olhei para o chão. Realmente não dava pra pular, 12 andares de altura eram realmente muito altos. Eu queria apenas sair daquele lugar. Olhei para o alto e confirmei que aquele era sim o hospital psiquiátrico histórico. Não havia nada em volta dele, apenas árvores e mais árvores. Acho que era para o caso de algum paciente fugir não ter onde se esconder. Eu não conseguia avistar casa nenhuma. Mesmo estando há muitos e muitos metros de altura. Eu olhei novamente pra baixo e de repente uma pergunta surgiu na minha cabeça. Eu pensei bem e não sabia responder.

Vc: Por que o sequestrador escolheu um quarto em um andar tão alto? Se era para me vigiar, por que não pegou um quarto no primeiro andar? Ou até mesmo no próprio térreo? ~~falei em voz alta~~
S: Para o caso da minha vítima começar a andar por aqui.

Aquela voz me assustou. Eu que estava debruçada na janela quase caí. Como ele soube que eu estava aqui? Fui tão silenciosa e... Ai como sou tonta. Realmente ele não iria passar a vida toda na pia daquela cozinha. Aquela voz... Aquela voz rouca e firme, eu conhecia. Me virei para ver quem era, e pude ver o rosto dele. Sim ele mesmo, Gustavo Donely, meu ex-namorado psicopata que agora me sequestrou e eu não sei pra que.

Vc: Sinceramente, você já foi mais esperto.
Gus: Sabe por que te sequestrei?
Vc: Por que não tinha nada melhor pra fazer? ~~perguntei ironicamente~~
Gus: Na verdade não. Você lembra bem que eu sou primo da Eleanor não é mesmo?
Vc: É... ninguém escolhe a familia que vai ter... Pobre Els.
Gus: É agora que entra a melhor parte. Eu estou na mesma casa que a Els, e então tenho acesso a tudo. Nós íamos tomar café da manhã, mas a Els resolveu tomar banho. Como de costume eu achei que ela ia levar o celular para o banheiro, mas ela o deixou na cama. Eu fiquei mexendo nele procurando qualquer coisa sobre você, e então você ligou. Eu peguei o seu número que apareceu na tela e então saí do quarto. A Eleanor saiu correndo do banho e atendeu. Eu ouvi o que vocês marcaram e então apenas deixei a Eleanor ir. Assim que ela saiu de casa eu troquei de roupa, eu realmente estava indeciso com o que ia vestir e...
Vc: Tem como encurtar a história? Tá me dando sono.

Ele olhou incrédulo pra mim e continuou a falar.

Gus: Eu coloquei a roupa que estou agora. Peguei o carro da minha tia e disse que só voltaria na tarde seguinte, ou seja, hoje, quase à noite. Ela concordou e eu saí. Eu persegui vocês a pé por todos os lugares que passaram, ouvi tudo o que falaram, e até mesmo ri das piadas que fizeram, mas ninguém desconfiou de nada. Eu pude ver como ficou olhando as criancinhas brincando com os pais e pensando seriamente. Deve ter começado a se lembrar da própria infância não é mesmo?

Meu coração começou a acelerar. Eu ainda estava na janela e qualquer coisa, eu iria pular dali. Eu estava com medo dele, ele realmente nos perseguiu.

Gus: Eu vi quando a Danielle chegou e se bem te conheço você ficou definindo-a na sua mente não foi? Falando do cabelo, do rosto, do corpo, das roupas e até mesmo do perfume. Estou errado? É acho que não. Vocês passaram a tarde inteirinha juntas e então se despediram e cada uma tomou seu rumo. Eu fui te seguindo de longe. Algumas pessoas passaram correndo do meu lado e eu achei que havia te perdido. Fui andando mais depressa e então te vi na cabine telefônica. Não ficou lá por muito tempo e depois saiu. E foi aí que eu resolvi atacar. Tenho que admitir que eu achava que você fosse mais pesada.
Ninguém sabe mais desse lugar. Todos têm medo de vir aqui. Por isso este foi o lugar perfeito.
Vc: Sua história me dá náuseas.
Gus: Queria o que? Eu simplesmente te vi andando pela rua e resolvi te sequestrar? Ah mas é claro que não? ~~falou debochando de mim~~
Vc: O que você quer comigo hein?
Gus: A única coisa que você me negou.

Meu coração disparou. É, ele queria mesmo isso. Eu estava assustada e fazia o máximo para não demonstrar, mas ele sabia mesmo que eu tentasse esconder, ele sabia de alguma forma, ler meus olhos.

Vc: Gustavo, não se pode ter tudo nessa vida.
Gus: Eu não quero tudo. Eu só quero uma coisa, e isso só você pode me dar.
Vc: Se você se aproximar de mim, eu pulo daqui.
Gus: Não teria coragem.

Ele foi rapidamente até mim e eu joguei meu corpo para trás caindo. Eu sabia que aquela seria a minha morte, mas pelo menos não ia ser estuprada por um louco. Eu comecei a cair quando senti que a queda parou. Algo segurava a minha perna com força. Olhei para cima e vi que era o Gustavo. Ele segurava a minha perna com uma das mãos e com a outra ele se segurava na janela. Eu comecei a debater a minha perna que estava presa mas ele não me soltava. Com a outra perna livre, eu batia no braço dele tentando fazê-lo me soltar, mas sem sucesso. Com muita força ele me puxou de volta e eu me vi deitada naquela cama macia. Seria ótimo dormir ali, se eu não estivesse na companhia do louco do meu ex-namorado que me sequestrou. Ele me pressionou na cama e fechou minha boca com uma das mãos. Eu tentava gritar loucamente mas não conseguia.

Gus: Pode gritar a vontade. Uma pessoa como você deveria saber que estamos a mais de 1 quilômetro de distância de qualquer outro ser humano. Você sabe muito sobre esse hospital.
Vc: Eu te odeio Gustavo. Eu te odeio.
Gus: Eu sei disso.

Eu cuspi na cara dele e ele me olhou incrédulo.

Gus: Não se faz isso com os mais velhos.
Vc: Mas se faz coisa pior com quem está tentando estuprar você. ~~Dando ênfase a palavra estuprar~~
Gus: Ah, que triste, pena que você não vai conseguir.

Ele pegou uma de minhas mãos e foi levando-a até o alto. Eu lutava contra isso, mas ele era bem mais forte, e ele estava em cima de mim, fazendo com que meus pulmões não pegassem muito ar e me deixando cada vez mais fraca. Ele amarrou minha mão direita na cabeceira da cama e depois fez o mesmo com a outra. Cansado dos meus gritos, ele pegou uma faixa de pano e amarrou a minha boca. A única coisa que eu conseguia fazer era chutá-lo e chorar. Cansado mais ainda dos meus chutes, ele amarrou também com muito esforço meus pés no final da cama. Eu não conseguia mexer nada a não ser a minha cabeça. Vagarosamente ele foi tirando a minha roupa, e eu lutava pra conseguir sair daquela cama, mas as amarras e os nós nos meus pés e mãos eram muito fortes e quanto mais eu me mexia, mais me machucava. Após eu estar completamente nua e com muito frio, ele começou a tirar a própria roupa. Eu estava tremendo de frio, medo e pânico ao mesmo tempo. Amarrada àquela cama eu não poderia fazer nada, a não ser fechar os olhos e esperar tudo acabar. Fechei meus olhos porque achei que seria menos doloroso. Eu senti ele subindo em cima de mim e logo em seguida eu senti ele me penetrar. Aquilo não dava prazer, aquilo doía. Doía muito, eu comecei a chorar e só esperava que aquilo passasse logo, mas pelo o que eu sentia, aquilo ainda ia demorar.

~~Tempos depois~~

Depois de muito tempo, ele saiu de cima de mim. Eu chorava feito condenada (sem contar que eu poderia ser considerada uma), e soluçava muito. Ele soltou as minhas amarras e a minha boca. Jogou a minha roupa na cama e mandou eu me vestir. A chuva do lado de fora caía muito forte e eu estava tremendo de frio. Coloquei a minha roupa e me aqueci um pouco mais. Eu chorava muito e soluçava. Ele entrou no quarto e me pegou pelo braço com força. O elevador estava ligado, por mais estranho que aquilo fosse. Era tudo velho demais para funcionar. Eu tinha dúvidas sobre aquele elevador, mas preferi ficar calada.

Gus: Deve estar se perguntando sobre como o elevador funciona. Simples, por mais que o governo não queira, eles vivem fazendo a manutenção elétrica aqui, pra caso no futuro eles precisem.

Pergunta respondida, mas mesmo assim continuei calada. Chegamos no andar que eu estava que eu imaginei que fosse o térreo, e então descemos um lance de escadas e só assim eu percebi que estava no primeiro andar.
Fomos andando até o carro da tia dele.

Vc: Eu não vou entrar aí.
Gus: Melhor ainda. Seria terrível explicar porque você está comigo no carro, não é mesmo?

Ele entrou no carro, deu partida e foi embora, me deixando lá, sozinha no meio da chuva. Eu peguei o meu celular e lembrei que ele estava descarregado. Eu estava completamente ensopada e dolorida. Eu fui andando para o mesmo lado que o Gustavo foi, e não parei mais.

Após 20 minutos de caminhada, minhas pernas doíam muito e eu não conseguia andar mais. Eu tremia de frio e meus lábios já estavam roxos. Eu caí no chão e comecei a chorar. Eu não tinha esperança de que alguém me encontrasse ali. Mesmo de dia, aquele lugar era estranho e me dava um certo de medo. Eu continuei chorando até que ouvi um barulho de carro. Imaginei que fosse o Gustavo vindo me xingar ou então me estuprar de novo, então continuei de cabeça baixa, caída no canto da rua asfaltada. De repente um carro policial parou ao meu lado.

P: Precisa de ajuda mocinha?
Vc: Pelo amor de Deus me tira daqui, eu não aguento mais, eu fui sequestrada, por favor me ajuda. ~~falei em meio as lágrimas.
P: Então no banco de trás.

Eu entrei e o carro estava quentinho. Meu queixo parou de bater, mas meus lábios ainda estavam roxos.

P: Vamos te levar direto para a delegacia. Você vai falar tudo o que aconteceu lá. Fique tranquila que vamos te dar um cobertor para você se enrolar e não passar frio.
Vc: Obrigada.

Depois de quase 40 minutos de viagem, chegamos na delegacia e eu fui levada direto para contar o que aconteceu. Eles me deram um cobertor bem quente e me ofereceram um café direto do Starbucks. Não tive como recusar.


Estava bem quentinho e me aqueceu muito naquelas roupas geladas que estavam coladas à minha pele. Eu contei tudo o que aconteceu na delegacia e depois fui liberada para ir para casa. Uma viatura com dois policiais me levou. Eu não reparei neles, eu estava apenas com nojo de mim mesma e queria um banho pra relaxar.
Chegamos no hotel e eu subi para o meu quarto. Corri para o chuveiro e tomei um banho bem quente. Enquanto a água quente caía nas minhas costas, eu fui procurando a esponja mais áspera que tivesse lá. Encontrei uma, coloquei bastante sabonete líquido e me esfreguei com muita força. Nas partes que ele tocou mais profundamente em mim, e me beijou eu esfregava tanto que chegava a doer. Eu não queria lembrar de nada que tivesse a ver com ele. Depois de 1 hora de banho e sadomasoquismo com a esponja, eu finalmente apenas me enxuguei e saí. Me olhei no espelho e pude ver todo o meu corpo completamente vermelho e sensível. Coloquei apenas uma roupa simples e me joguei na cama, pra não sair dela até o dia seguinte, ou até mesmo no dia que eu fosse embora, no sábado.

O quarto tinha aquecedor, então nem me preocupei em ficar apenas de short. Eu me joguei na cama e fiquei assistindo filmes. Depois de algumas horas o meu estômago roncou e então pedi comida. Peguei o meu jantar e liguei no noticiário. Passou apenas uma noticia meio tosca e logo em seguida uma matéria sobre mim, sobre o que tinha acontecido comigo. Sobre o meu sequestro. Mostrou o Gustavo sendo preso. Ele apenas olhou para a câmera e com olhos cheio de ódio disse poucas palavras que me fizeram tremer.

Gus: Você vai ver, eu vou te pegar de novo.

Eu me estremeci por dentro mas não me deixei abalar. Desliguei a televisão e continuei comendo normalmente. Depois de acabar de comer, tomei coragem e liguei a televisão. A maioria dos canais passava essa mesma reportagem. Cansada de tanto ver aquilo, resolvi ir na internet um pouco. Entrei lá e na primeira página de noticias estava a minha foto e a foto do Gustavo. É... vida pública realmente não é fácil. Eu ia entrar nas redes sociais, mas logo imaginei que milhares de pessoas iriam perguntar: Você está bem? Como está se sentindo? Está bem com a situação?
Eu acho essas perguntas completamente ridículas. Você está bem? Ah claro, fui sequestrada, quase congelei naquele lugar, fui estuprada, abandonada em um hospital psiquiátrico abandonado, 1 quilômetro longe de qualquer ser humano, com a maior tempestade, fiquei toda molhada, estou com o pior resfriado do mundo, quase peguei pneumonia, tive sorte de uma viatura estar passando por lá, passei a tarde inteira na delegacia, quando o meu ex-namorado sequestrador foi preso, ele me ameaçou de novo e não posso voltar pra casa porque minha passagem é pra Sábado... Não poderia estar melhor.
Sinceramente, eu acho essas pessoas meio sem noção. Fala sério, isso não é pergunta que se faça. Eu desliguei o meu notebook e deitei na cama. Para a minha surpresa sem muito esforço.

No dia seguinte eu acordei meio tonta e com o nariz completamente entupido. Fui até o banheiro e o assoei. Ouvi o barulho de alguém entrando no meu quarto de hotel e então resolvi sair. Mal saí e alguém me abraçou forte e mal pude ver seu rosto.

xXx: Ainda bem que te encontrei.


Continua...


Quem será heein? Quem vocês acham que é amores?

Comentem por favor >,,,<

6 comentários:

  1. Meu Deus que vida hein ...
    Espero que seja o Diogo ou o Niall, mas eu quero que seja o Diogo
    ~~querida o imagine é do Niall e não do Diogo >:( ~~
    kk do mesmo jeito quero que seja o Diogo =)

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    1. kkkkkkkkkkkkkkkkkkk

      (Spoilers) Então você vai ter uma surpresa!! kkkkkkk

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    2. OMG surpresa ahhh não adoro surpresas kk
      Não aguento curiosidade :)
      Vai ser o Zayn ??
      Mentira u.u
      okay okay vou te deixar em paz :)
      Mentira adoro ser curiosa !
      Mas, bom qualquer surpresa eu ainda irei gostar se for menino !
      Se for menina bom eu fico de boa !
      kkk

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    3. kkkkkkkkkkkkkkk

      Pra sua felicidade (Spoilers) é um garoto... shhh não conto mais nada u.u Só me dando uma passagem pra Londres, eu então esperando até o próximo capitulo kkkkkkk :P

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    4. kkkk aqui em Londres é uma maravilha, sabia que estou viajando ?
      Poizer, mas os minos estão no Japão, então .....
      Mas o bom é que eles irão voltar e é capaz deu nem voltar para o Brasil então fiquei muito feliz :)

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    5. Ahhhh porque não me levou na mala? kkkkkkkkkkkkk Mas se bem que eu talvez vá pra Londres em Dezembro fazer intercâmbio :P

      OMG que sorte que você tem >,,<

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